domingo, 12 de dezembro de 2010
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Temporada
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Um pagador de verdade
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
É hoje o dia de pagar a promessa
Chegou o dia de pagar a nossa promessa: a estreia!!!
Estamos na correria em prol de deixar tudo pronto para o espetáculo, detalhes e mais detalhes para verificar...
Hoje fizemos uma performance no calçadão. Zé cruzou o calçadão carregando a cruz (que pesa 70 quilos) Rosa estava junto e mais a galera do elenco. Chamou atenção de muitos transeuntes, e foi bem legal fazer!!
Valeu pela participação de todos!!!
bjss
Até daqui a pouco
Carol Ribeiro
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Uma semana para a estréia !!!
Carol Ribeiro
sábado, 13 de novembro de 2010
Aquece
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Filmes que são refêrencias para nós
sábado, 6 de novembro de 2010
Nosso Cartaz!!
Como vestir uma baiana?
Através de algumas pesquisas (na internet) e também de uma conversa muito interessante que tive com a D. Vilma, vou descrever sobre como vestir uma baiana:
* A roupa usada no dia-a-dia em um terreiro de Candomblé é chamada de roupa de ração. São simples e podem ser coloridas ou brancas, dependendo da ocasião.
Compõem a vestimenta da baiana:
1. Saia: Conhecida por axó.
2. Bata: blusa usada por fora da saia
3. Camisa de mulata: Chamada por camisu ou xokotô, normalmente branco e enfeitado com rendas e bordados
4. Faixa amarrada nos seios: Chamado de singuê
5. Pano de costa: Usa-se dobrado sobre o ombro.
6. Pano de cabeça: Chamado de ojá ou torço
7. Calçolão: Tipo de bermuda amarrada por cordão na cintura, serve para proteger o corpo no caso de precisar sentar no chão.
8. Colares de búzios e outros balangandãs de prata ou ouro (amuletos)
9. Braceletes, pulseiras, cordões de ouro ou prata
10. Argolões de ouro ou outros brincos
11. Chinelinhas
Fonte de informações:
Conversa com D. Vilma
carnavalefantasia.com/page437.htm – Acesso em 03/11/2010.
Imagem: http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&biw=1280&bih=709&q=vestimenta%20de%20baianas&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi – Acesso em 05/11/2010.
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Contagem regressiva para estréia
Estamos a exatamente um mês da estréia, ansiosos para ver o trabalho pronto e por ter que realizar tudo que ainda falta ! Neste sábado que passou, dia 23/11, montamos a última cena do espetáculo, além disso, preparamos uma instalação com objetos e vimos também a cena da capoeira finalizada, que ficou super legal, a galera tá mandando bem! Para capoeira agora estamos contando com o Marcio, um capoeirista profissional que se integrou a equipe. Tá demais!!!
Bjs
Até daqui a pouco..
Carol Ribeiro
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
O Poeta de Dias Gomes
Olá Pessoal;
Hoje comecei a pesquisar para a criação do figurino da personagem Dedé Cospe-Rima, o poeta, escritor de folhetos de cordel, que circula entre os personagens da peça, recitando e vendendo seus versos. Dedé é para mim uma das figuras mais interessantes que surge na trama, porque traz em si a representação do artista popular brasileiro. Que utópicamente sempre acredita que pode mudar o mundo com o conteúdo de sua arte. O artista que além de criar tem que vender, e para isso se utiliza de todo jogo de cintura que possui: recita, ameaça, insiste, esbraveja e por fim acaba trocando sua tão divina obra por algo que no mínino mate a sua fome. Vejam nesses dois trechos abaixo, falas de Dedé, sobre a sua obra:
"...não é por me gabar, meu camarada, mas aqui como me vê, poeta pela graça da Virgem e do Senhor do Bomfim, eu sou um homem temído! Quando eu anuncio que vou escrever um folheto contando as bandalheiras desse ou daquele deputado...ah, menino não tarda o fulano me procurar pra adoçar meus versos..."
"(...)quem perde é o senhor, o senhor e a poesia nacional!
(Dedé Cospe-Rima - "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes)
Na procura por referências para a Dedé, descobri que a personagem criada por Dias Gomes, tem inspiração no poeta Cuica de Santo Amaro, cordelista de Salvador que escrevia sobre o cotidiano da população baiana e viveu até a morte, em 1964, da venda de seus cordéis. Quem faz essa relação e Mark J. Curran, na publicação "Cuica de Santo Amaro: Controvérsia no Cordel". Vale a pena conhecer mais sobre a poesia de Cuica..
Até mais;
Carol Ribeiro
sábado, 25 de setembro de 2010
Ensaio (25/09)
Pois bem, o processo de criação é mesmo uma delícia, as coisas vão surgindo cada uma a seu tempo...
Carol Ribeiro
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
O Caruru
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Pierre Verger
Hoje, buscando compor um repertório imagético para nosso espetáculo encontrei às fotografias que retratam a Bahia das décadas de 50 e 60, sob ás lentes de Pierre Verger. Para quem ainda não conhece, o francês Pierre Verger (1902-1996) era um fotógrafo que saiu em busca de conhecer o mundo fazendo fazendo belíssimas imagens. Em 1946 quando desenbarcou na Bahia, foi logo seduzido pela tranquilidade e a riqueza cultural da cidade de Salvador, acabou ficando.Como fazia em todos os lugares onde esteve, preferia a companhia do povo, os lugares mais simples. Os negros monopolizavam a cidade e também a sua atenção. Além de personagens das suas fotos, tornaram-se seus amigos, cujas vidas Verger foi buscando conhecer com detalhe. Quando descobriu o candomblé, acreditou ter encontrado a fonte da vitalidade do povo baiano e se tornou um estudioso do culto aos orixás. Esse interesse pela religiosidade de origem africana lhe rendeu uma bolsa para estudar rituais na África, para onde partiu em 1948.
Na década de 80 fez suas primeiras publicações no Brasil e em 1988 criou a Fundação Pierre Verger em Salvador, cidade onde esteve até o final de sua vida.
Para conhecer mais vale a pena acessar o site: http://www.pierreverger.org/fpv/index.php
A Cruz
Zé: (...) E eu me lembrei então que Iansã e Santa Bárbara e prometi que se Nicolau ficasse bom eu carregava uma cruz de madeira de minha roça até a igreja dela, no dia de sua festa, uma cruz tão pesada como a de Cristo. (O Pagador de Promessas – Dias Gomes)
Ao fazer sua promessa, Zé-do-Burro propõe como forma de pagamento carregar uma cruz tão pesada como a de Cristo. A personagem escolhe a “cruz”, como presentificação da sua fé, para isso, vamos compreender um pouco sobre os significados da cruz enquanto objeto simbólico.
A cruz é um dos símbolos mais antigos e apresenta-se cheia de significados para diversas civilizações. Na tradição cristã, a cruz é simbolicamente a imagem da salvação e da paixão de Cristo pelos homens. Segundo o “Dicionário de Símbolos”, na tradição cristã, a cruz simboliza o Crucificado, o Cristo, o Salvador, o Verbo, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Ela é mais do que uma figura de Jesus, ela se identifica com sua história humana, com a sua pessoa.*
A crucifixão era uma forma de pena oriental que foi introduzida no Ocidente pelos persas. Ela foi pouco usada pelos gregos, mas muito utilizada pelos cartagineses e romanos. Na literatura romana, a crucifixão é descrita como punição cruel e temida, não sendo aplicada aos cidadãos romanos, mas apenas aos escravos e aos não-romanos que houvessem cometido crimes atrozes, como assassínio, furto grave, traição e rebelião. A cruz não é mencionada no Antigo Testamento.
Os romanos crucificavam os criminosos inteiramente nus e não motivo para se pensar que tenha sido feita alguma exceção para Jesus. As vestes do crucificado eram entregues aos soldados (Mt 27, 35). Uma inscrição com o nome do criminoso e a natureza do seu crime era feita sobre uma tabuinha, que o condenado levava pendurada no pescoço até o local da execução; essa tabuinha com a inscrição foi depois afixada acima da cabeça de Jesus na cruz. Por ironia de Pilatos, a inscrição de Jesus não indicava um crime, mas registrava simplesmente a expressão "rei dos judeus" (Mt 27, 37; Mc 15, 26; Lc 23, 38; Jo 19, 19-22).
Diante de tanto simbolismo, o modo como Zé escolhe para pagar sua promessa, acaba tornando-se uma audácia aos olhos autoritaristas de Pe. Olavo, que interpreta o ato como uma tentativa do simplório Zé em torna-se um “Novo Cristo”.
Outro aspecto relevante é o peso da tal cruz, Zé logo de início faz notar os ferimentos que o peso da cruz lhe causou por carregá-la sete léguas. Todo esse sacrifício é feito para a cura de um burro, que é historicamente conhecido como um animal de carga, ou seja, característico por servir ao homem como carregador de peso. Na história de Dias Gomes, os papéis são invertidos, quem carrega o peso é o homem em favor do burro.
* CHEVALIER, J. e GHEERBRANT, A. Dicionário de Símbolos (mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números). 12. ed., Rio de Janeiro, José Olympio, 1998.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Imprensa na trama do povo
Segue a análise feita pela Vanessa:
"O Vendedor de Milagres"
Vamos falar de moda! Sempre admirei muito o trabalho do estilista mineiro Ronaldo Fraga, tanto, que o trabalho final da minha pós em Moda foi sobre o estilista. Sob o título “A teatralidade em Ronaldo”, fiz uma análise do quanto Fraga se apropria da linguagem teatral na criação de suas coleções. Pois bem, minha pesquisa foi uma delícia de se fazer porque descobri coisas incríveis sobre o trabalho de Ronaldo entre elas a coleção de verão 98/99 que o estilista teve como inspiração para suas criações as salas de ex-votos, intitulada “O vendedor de Milagres”, que aborda questões como fé e o milagre da moda sob o corpo defeituoso. Muito interessante para nós! Vejam o texto do catálogo da coleção abaixo:
"Esta coleção fala basicamente de fé. A fé que as pessoas depositam nas
salas de ex-votos - ou salas de promessas - lugar onde clamam pelo
milagre da perna quebrada, pelo braço torto, pela criança que sobreviveu
ao nascimento, por casamento, pela gravidez. pelo fim da seca, pela
doença incurável, pela graça concedida por Deus... E fala também da fé
das pessoas na moda, que, de uma forma ou de outra, promete um corpo
mais esbelto e sedutor, a bunda que você não tem, um peito em pé, pernas
esguias e longas e, principalmente, o milagre mais fantástico, que é te
transformar na pessoa que você pensa que não é".
(Editorial do jornal "No Fraga!", catálogo verão 98/99 da coleção)
Para saber mais sobre o estilista e a coleção vejam o site: http://www.ronaldofraga.com.br/
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O Vendedor de Beiju
Fonte imagem: http://slks.zip.net/images/biju.JPG
“O que é que a baiana tem?”
Olá pessoal;
Aí vai a análise da Juliana que fará a personagem Minha Tia, vejam:
Minha Tia é a típica baiana que mostra que “a baiana tem” alegria, tem gingado, jeito dengoso e muito amor por ser o que é e por fazer o que faz.
É muito provável que Minha Tia tenha nascido ali em Salvador, e de seus pais tenha herdado todo conhecimento, cultura, tradição, originados de tribos africanas. A culinária, por exemplo, pode ter aprendido com sua mãe de quem herdou todo ofício e muitas características.
Minha Tia é uma mulher muito bem resolvida, de caráter, compaixão, se preocupa muito com seu próximo, por exemplo, quando tenta convencer Zé do Burro que ele deve cumprir sua promessa no terreiro, pois Iansã estará lá pra receber, ela até se oferece para ir com ele até lá.
Algo muito forte nesta personagem é a dedicação que ela tem ao Candomblé, inclusive é Ekedi, ou seja, como uma dama de honra do Orixá regente da casa.
Percebe-se também que Minha Tia é muito querida e respeitada pelas pessoas ali da região (com exceção das beatas, que preferem manter distancia dela).
Ali no inicio da escadaria da Igreja de Santa Barbara, Minha Tia, com seu rústico tabuleiro de iguarias típicas da terra: acarajé, abará, beiju, caruru, ela não fica alheia aos acontecimentos da cidade e comercializa para sobreviver e também para manter viva a tradição da população soteropolitana, com tudo isso é uma pessoa repleta de uma enorme felicidade e tem muito bom coração, uma mulher muito sincera que diz o que pensa sem medo e em tudo que faz não carrega maldade, ou segundas intenções, no meu modo de ver esta é uma frase que muito se relaciona com Minha Tia: “O Candomblé sobrevive até hoje porque não quer convencer as pessoas sobre uma verdade absoluta, ao contrário da maioria das religiões”(Pierre Verger)
Com sua veste rendada de uma brancura imaculada, seu turbante, seus colares, acessórios e enfeites vermelhos e brancos em saudação à Iansã, Minha Tia se mostra uma mulher forte, guardiã das crenças e costumes, cheia de energia, vontade de viver e de bem consigo mesma e muitas vezes é possível perceber sua alegria através das canções que vive cantarolando enquanto realiza seus afazeres.
Fonte imagem:
http://www.unicamp.br/~everaldo/bahia/baiana.jpg
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Beata
Aí esta a análise da Vanessa Campos sobre a sua personagem: uma das três beatas que estão na peça, vejam:
Beata anônima de Juazeiro. Acervo Unifor.
"Se eu fosse colocar um nome na minha beata seria Cleonice e teria na faixa de uns 35 á 40 anos.
Sua principal característica é ser curiosa. A minha personagem segue as regras da igreja de maneira bem rígida, não falta em nenhuma missa e sempre chega junto ao toque do sino da igreja. Ela implica bastante com os coroinhas que sempre batem o sino antes de abrir as portas da igreja e se irrita com eles por estarem sempre dormindo. E segue a risca tudo o que Padre Olavo diz.
A principal característica da minha beata é a curiosidade e fala bastante mal das outras pessoas junto com as outras beatas, o seu maior alvo de críticas é o Zé do Burro por ter feito a promessa no terreiro de Candomblé, que pra elas e como se fosse satanismo e trata mal também as baianas por causa da religião.
A relação entre elas é de cumplicidade uma sempre sabe o que a outra está pensando e por isso andam sempre juntas."
terça-feira, 15 de junho de 2010
Galega
Supõe-se que a Galega tenha vindo da província de Pontevedra na Galícia. No Brasil, descobre uma economia efervescente em Salvador na Bahia e logo abre uma venda em frente da igreja de Santa Bárbara no bairro da Liberdade.
Sua identidade, língua e comportamentos são ainda permeados pela cultura da Galícia, em que o idioma se mistura com português e espanhol, as vestimentas, como por exemplo, o pano na cabeça, mantón (lenço de oito pontas), saia longa, mandil (atado da cintura), camisa, sapo (adornos colocados no peito), dengue (peça de teia que cruzam sobre o peito), etc.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Análise - Zé
Além destas características psicológicas, existem também algumas características de ordem mais especifica a serem trabalhadas, é o caso da postura e do sotaque do personagem. Como o próprio Dias Gomes descreve, Zé-do-Burro possui gestos lentos e preguiçosos e tais características se aplicam também à sua fala. Juntamente com os diretores, professores e os colegas da peça, estamos trabalhando tais intenções.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Capoeira de Angola e Regional
Quem acompanha o desenvolvimento da montagem, sabe que capoeira está sendo trabalhada com o elenco desde o início. Para nos falar um pouco sobre como está sendo esse treinamento, segue uma fala de Adriano Gouvella, ator da montagem e orientador da capoeira:
Dentro da capoeira temos dois estilos que são os principais e mais antigos, que é a “Capoeira Angola” e a “Capoeira Regional”, que são os que estão sendo trabalhados com o elenco do espetáculo.
Começamos com o trabalho de busca do contexto da capoeira com a peça “O Pagador de Promessas”, a atmosfera a ser buscada, entendimento das musicas, diferentes toques do Berimbau, etc. Em seguida começamos com o trabalho da ginga e movimentação de expansão, assimilação, defesa e acrobacias básicas que serão utilizadas na roda.
Agora estamos trabalhando a parte musical, o pessoal está aprendendo a tocar berimbau, pandeiro, reco-reco e as musicas que serão cantadas na peça, onde teremos cantigas de angola e regional.
No geral, estão saindo muito bem, pelo fato da maioria nunca terem tido contato diretamente com o treino da capoeira, o desenvolvimento esta sendo muito bom, principalmente pelas mulheres que estão mandando muito bem. O próximo passo agora é montar a cena da roda de capoeira, denominar os músicos da roda e as coreografias de jogo que o texto de Dias Gomes especifica" - Adriano
domingo, 16 de maio de 2010
11º encontro
Carol Ribeiro
O PAGADOR DE PROMESSAS NO CINEMA
“O Pagador de Promessas” foi lançado em 1962, baseado na obra homônima de Dias Gomes. Com roteiro e direção de Anselmo Duarte, os 95 minutos do drama foram rodados em Salvador, Bahia.
Os direitos para a adaptação cinematográfica da peça foram comprados por 400 cruzeiros, após a persistência de Anselmo Duarte em convencer Dias Gomes a ceder seu texto ao diretor de apenas um filme, quando Flávio Rangel, consagrado diretor de teatro que inclusive dirigiu a primeira montagem da peça, também disputava o texto.
O filme foi muito aclamado e premiado no mundo inteiro, ganhou o prêmio de melhor filme no Festival Internacional de São Francisco, o Prêmio Sapatos Viejos no Festival de Cartagena, na Colômbia, Menção Especial no Festival de Moscou na Rússia, melhor filme, diretor, ator (Leonardo Villar) e atriz (Glória Menezes) com o troféu Cinelândia no Rio de Janeiro, indicação ao Oscar na categoria de melhor filme, mas o destaque fica para a Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França, tendo sido o único filme brasileiro a receber esse prêmio.
Trabalho feito por Vanessa Nakadomari
Fonte: http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/filmes/pagador-de-promessas/pagador-de-promessas.asp
quinta-feira, 29 de abril de 2010
8º Encontro
Primeira Montagem
Dirigida por Flávio Rangel, a primeira montagem de “O Pagador de Promessas” teve Leonardo Villar no papel de Zé do Burro, Nathália Timberg como Rosa, a esposa do protagonista, Cleyde Yaconis como a prostituta Marli, Maurício Nabuco como o cafetão Bonitão e Elísio de Albuquerque como padre Olavo.
O espetáculo introduziu cenas de cantoria e capoeira e a cenografia reconstituiu a perspectiva do casario de Salvador. Nesta peça, o autor utiliza um dos recursos do encenador francês Jean Vilar no Théâtre National Populaire – TNP, fazendo com que alguns dos atores desçam à plateia e, enfrentando o público, lhe falem diretamente, rompendo a quarta parede e as convenções de um realismo estrito.
Trabalho feito por Caroline Cripa
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Sobre o Sincretismo
Martírio de Santa Bárbara (Lucas Cranach) ----------Iansã
Conta-se que Santa Bárbara foi uma jovem turca e que seu pai, fanático pagão, a teria trancado em uma torre a fim de poupar a filha da “sociedade ruim” e arranjar para ela um bom marido. Ao sentir-se, tempos depois, desconcertado diante da cidade que o julgava pelo que havia feito, o pai deixou a moça sair. Em um passeio, Santa Bárbara conheceu cristãos que lhe falaram sobre sua fé, Santa Bárbara encontrou ali, algo no que ela realmente identificou ser crente, foi, então, batizada como cristã. Depois de uma viagem que seu pai havia feito, este encontrou a torre com uma janela a mais, antes duas, agora três, perguntou a filha o porquê daquilo e ela disse que era uma referência à trindade santa: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO. O pai, enfurecido com a religião da filha que, “traía” a sua fé, denunciou-a as autoridades que a prenderam e torturaram, esperando que assim ela mudasse sua crença, o que não aconteceu.
Em praça pública, Santa Bárbara foi torturada, teve os seios cortados e depois foi degolada. Dizem que o próprio pai foi quem a executou.
Os santos católicos são sem dúvida, uma extensão ao que se dizia divinal, primeiramente. O Santo, na hierarquia católica, não é o filho de Deus, nem pode ser comparado a Jesus, é um homem, com “modos e ações de santo”, é um herói, que apesar da sua vida de sofrimento, consegue, pela fé, fazer bem às pessoas. Depois de reconhecida a sua história e o poder da sua fé, o santo passa a ser um homem divino, não deixa de ser homem, mas é próximo de Deus, mais próximo que os homens comuns. No candomblé ou na umbanda, os orixás, ou santos, “são e, não são, humanos”. Assim como os santos católicos, todos possuem histórias que misturam o real com o místico, algumas, o catolicismo poderia, até, explicar como milagres. Suas histórias se parecem com as histórias dos homens, não são livres de maldade, brigas, roubos, etc. Tudo isso faz parte de suas vidas e os seus poderes estão sempre voltados a essas histórias. Fazem o bem, porém seus filhos sabem que há obrigações e castigos vindos dos deuses. Não tem denominação única: Santos, deuses, orixás e, desde que o Brasil trouxe seus escravos da África é que se fala em estarem em uma coisa só, o que gerou e ainda gera polemica.
São Jorge ----------Ogum----------São Jorge----------Ogum----------São
Obaluaiê ----------São Lázaro----------São Obaluaiê----------Lázaro
Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus
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Fonte: Pesquisas enviadas pelos atores da montagem
sexta-feira, 9 de abril de 2010
CURIOSIDADES SOBRE A SALA DE PROMESSAS / SALA DE EX-VOTOS
Você sabia?...
Que a sala de promessas também é conhecida como sala de ex-votos, pois os ex-votos são a apresentação material, após a solicitação de uma graça e seu atendimento por parte de um ser superior, ou seja, o voto era seu, porém depois de cumprida a promessa não é mais seu, se torna ex.
Você sabia?...
Que ex-voto é uma palavra originária do latim e que ao ser desobrigado, ou seja, ao cumprir o prometido, você não tem mais obrigação, então, ele (ex-voto) é considerado um símbolo do cumprimento do voto.
Você sabia?...
Que em muitas salas de promessas no Brasil, os objetos deixados pelos devotos são fontes riquíssimas de pesquisas, de onde, se extrai informações como: doenças de uma determinada época, ou região; histórias de um meio social; tipo físico do fiel ou do recebedor da graça; profissões; características familiares...
Você sabia?...
Que em algumas salas de promessas no Brasil, os objetos são classificados, organizados, alguns direcionados às doações, como muletas, cadeiras de rodas... enquanto, há também salas de promessas em que os são objetos deixados, porém não há manutenção e com o tempo os mesmos se deterioram.
Pesquisa feita por Juliana Soares – 18/03/2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
A Sala de Ex-votos
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Nosso 5° Encontro
O trabalho foi conduzido a partir de estímulos psicofisicos associados a temática da fé. Num segundo momento discutimos sobre o tema e seguimos para um trabalho de escrita.