quinta-feira, 29 de abril de 2010

8º Encontro


Até aqui nosso trabalho se desenvolveu a partir de leituras e estudos de texto, discussões sobre as personagens da peça, laboratórios, pesquisas téorica, prática da capoeira, treinamento corporal e vocal direcionados. Neste nosso 8º encontro(24/04), a turma foi dividida em grupos e estes preparam e apresentaram cenas do texto. Este trabalho nos ajudou a finalizar o processo de definição das personagens... que não foi nada facil, pois a turma é grande e tem muita gente empenhada. A partir do próximo encontro, já com personagens definidas, iniciaremos efetivamente a montagem das cenas do espetáculo. Mãos à obra!






Primeira Montagem

“O Pagador de Promessas”, peça teatral de Dias Gomes, foi encenada pela primeira vez pela companhia Teatro Brasileiro de Comédia – TBC – em julho de 1960. Traduzida para 10 línguas e montada em 15 países estrangeiros, é uma das peças mais bem sucedidas internacionalmente.
Dirigida por Flávio Rangel, a primeira montagem de “O Pagador de Promessas” teve Leonardo Villar no papel de Zé do Burro, Nathália Timberg como Rosa, a esposa do protagonista, Cleyde Yaconis como a prostituta Marli, Maurício Nabuco como o cafetão Bonitão e Elísio de Albuquerque como padre Olavo.
O espetáculo introduziu cenas de cantoria e capoeira e a cenografia reconstituiu a perspectiva do casario de Salvador. Nesta peça, o autor utiliza um dos recursos do encenador francês Jean Vilar no Théâtre National Populaire – TNP, fazendo com que alguns dos atores desçam à plateia e, enfrentando o público, lhe falem diretamente, rompendo a quarta parede e as convenções de um realismo estrito.
Trabalho feito por Caroline Cripa




Leonardo Villar e Nathália Timberg em cena na primeira montagem de O Pagador de Promessas", em 1960.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Sobre o Sincretismo


Martírio de Santa Bárbara (Lucas Cranach) ----------Iansã




“Ê Santa Bárbara virgem dos cabelos louros! Ela vem descendo com sua espada de ouro!”



É comum acreditar-se em santos. Independente da religião, não há brasileiro que não conheça alguns nomes de santos e os seus atributos.
Conta-se que Santa Bárbara foi uma jovem turca e que seu pai, fanático pagão, a teria trancado em uma torre a fim de poupar a filha da “sociedade ruim” e arranjar para ela um bom marido. Ao sentir-se, tempos depois, desconcertado diante da cidade que o julgava pelo que havia feito, o pai deixou a moça sair. Em um passeio, Santa Bárbara conheceu cristãos que lhe falaram sobre sua fé, Santa Bárbara encontrou ali, algo no que ela realmente identificou ser crente, foi, então, batizada como cristã. Depois de uma viagem que seu pai havia feito, este encontrou a torre com uma janela a mais, antes duas, agora três, perguntou a filha o porquê daquilo e ela disse que era uma referência à trindade santa: PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO. O pai, enfurecido com a religião da filha que, “traía” a sua fé, denunciou-a as autoridades que a prenderam e torturaram, esperando que assim ela mudasse sua crença, o que não aconteceu.
Em praça pública, Santa Bárbara foi torturada, teve os seios cortados e depois foi degolada. Dizem que o próprio pai foi quem a executou.
Os santos católicos são sem dúvida, uma extensão ao que se dizia divinal, primeiramente. O Santo, na hierarquia católica, não é o filho de Deus, nem pode ser comparado a Jesus, é um homem, com “modos e ações de santo”, é um herói, que apesar da sua vida de sofrimento, consegue, pela fé, fazer bem às pessoas. Depois de reconhecida a sua história e o poder da sua fé, o santo passa a ser um homem divino, não deixa de ser homem, mas é próximo de Deus, mais próximo que os homens comuns. No candomblé ou na umbanda, os orixás, ou santos, “são e, não são, humanos”. Assim como os santos católicos, todos possuem histórias que misturam o real com o místico, algumas, o catolicismo poderia, até, explicar como milagres. Suas histórias se parecem com as histórias dos homens, não são livres de maldade, brigas, roubos, etc. Tudo isso faz parte de suas vidas e os seus poderes estão sempre voltados a essas histórias. Fazem o bem, porém seus filhos sabem que há obrigações e castigos vindos dos deuses. Não tem denominação única: Santos, deuses, orixás e, desde que o Brasil trouxe seus escravos da África é que se fala em estarem em uma coisa só, o que gerou e ainda gera polemica.

Oxóssi ---------- São Sebastião ----------São Sebastião----------Oxóssi



São Jorge ----------Ogum----------São Jorge----------Ogum----------São




Obaluaiê ----------São Lázaro----------São Obaluaiê----------Lázaro



Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus-Oxalá-Jesus
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Hoje chamado de Sincretismo Religioso, denomina algo que não se pode explicar ao certo, até onde vai uma história e começa-se outra, até onde os “feitos” são humanos, quando é que eles “se tornam” divinos e, principalmente:

NO QUE ACREDITAR?

NO QUÊ NÃO ACREDITAR?

POR QUE?



Fonte: Pesquisas enviadas pelos atores da montagem






Luan Valero

sexta-feira, 9 de abril de 2010

CURIOSIDADES SOBRE A SALA DE PROMESSAS / SALA DE EX-VOTOS


Você sabia?...
Que a sala de promessas também é conhecida como sala de ex-votos, pois os ex-votos são a apresentação material, após a solicitação de uma graça e seu atendimento por parte de um ser superior, ou seja, o voto era seu, porém depois de cumprida a promessa não é mais seu, se torna ex.



Você sabia?...
Que ex-voto é uma palavra originária do latim e que ao ser desobrigado, ou seja, ao cumprir o prometido, você não tem mais obrigação, então, ele (ex-voto) é considerado um símbolo do cumprimento do voto.




Você sabia?...
Que em muitas salas de promessas no Brasil, os objetos deixados pelos devotos são fontes riquíssimas de pesquisas, de onde, se extrai informações como: doenças de uma determinada época, ou região; histórias de um meio social; tipo físico do fiel ou do recebedor da graça; profissões; características familiares...


Você sabia?...
Que em algumas salas de promessas no Brasil, os objetos são classificados, organizados, alguns direcionados às doações, como muletas, cadeiras de rodas... enquanto, há também salas de promessas em que os são objetos deixados, porém não há manutenção e com o tempo os mesmos se deterioram.

Pesquisa feita por Juliana Soares – 18/03/2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A Sala de Ex-votos

As salas de ex-votos ou salas de milagres ou ainda salas de promessas, sempre me chamaram atenção, quando eu era pequena, fui algumas vezes cemitério de Maracai, cidade da minha família, e lá existe uma sala dessas, a sala de milagres do Menino da Tabúa, e eu me admirava muito em ver aquela quantidade de objetos depositados ali...principalmente os pedaços de gessos e as fotos. Ficava pensando em como aquelas pessoas tinham feito a promessa e imaginando quantos desejos já foram realizados nesse mundo. Hoje o que mais aprecio nessas salas é o efeito estético, a riqueza imagética que a sobreposição dos objetos proporciona. Assim, a sala de ex-votos também será material de estudo para a concepção do nosso espetáculo. E olha só: descobrimos uma sala dessas aqui em Londrina! Lá no Santuário da Vila Nova.. e já fomos lá conhecer!
Ana Carolina Ribeiro


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Nosso 5° Encontro

Sábado (03/04), foi nosso quinto encontro, o dia era chuvoso e o sábado era de aleluia, enquanto muitos curtiam o feriado optamos por manter o ensaio, pois, afinal de contas temos que cumprir nossa valiosa promessa de estreiar o espetáculo e não queremos perder tempo!
O trabalho foi conduzido a partir de estímulos psicofisicos associados a temática da fé. Num segundo momento discutimos sobre o tema e seguimos para um trabalho de escrita.

Um Depoimento de Fé

Durante os primeios ensaios pedimos aos atores que compartilhassem conosco depoimentos e relatos de fé. Entre tantas histórias, esta aí debaixo nos chegou em forma de carta: